Lula não tem programa de governo, afirma Alckmin

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, foi mais incisivo hoje nas críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Merece ser reeleito governo que é bom, que tem boa gestão, que é eficiente, não joga dinheiro fora e funciona", disse, ao discursar em almoço com empresários, artistas e atletas no Jockey Club de São Paulo. Ele criticou o programa de governo lançado hoje por Lula, argumentando que o candidato petista não faz referências às reformas tributária e da previdência, ao corte de gastos públicos e ao combate à corrupção. "Ele não tem programa. Se o Brasil não fizer reformas estruturantes, não melhorar a questão tributária, não diminuir juros e reduzir gastos, não é possível crescer. É preciso agir nas causas dos problemas", disse.

Para Alckmin, a pior coisa que o governo Lula fez foi "roubar a esperança do povo". "O que nós temos hoje no Brasil? Um governo sob o ponto de vista ético que foi um descalabro. Que abraça e chama de irmão quadrilheiro e é violento com o Francenildo (dos Santos Costa, o caseiro), aquele nordestino pobre que teve violado o seu sigilo. E fraquinho com aqueles que roubam o que é mais sagrado, que é o dinheiro do conjunto da sociedade", ressaltou.

O candidato criticou ainda a atuação do governo durante o caso da invasão do terreno da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, em 2003. Alckmin disse que a situação atrapalhou as negociações e acabou resultando na morte do fotógrafo Luiz Antônio Costa, da revista Época.

Embora aguardado, o candidato tucano ao governo do Estado, José Serra, não compareceu ao almoço. Ainda assim, em seu discurso, Alckmin pediu votos para Serra e Guilherme Afif Domingos, candidato do PFL ao Senado. Também justificou a ausência. "Serra está fazendo campanha, cada um tem que se dedicar à sua campanha buscar seus votos. O partido está extremamente bem representado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Esse era um evento da candidatura nacional.

Segundo Alckmin, as grandes viradas nas campanhas eleitorais acontecem depois do dia 7 de Setembro. Ele citou que só ficou em primeiro lugar nas pesquisas durante as eleições para governador em 2002 após o dia 20 de setembro. Disse também que a campanha ainda está no começo, que continua confiante e que irá para o segundo turno das eleições. "Quando se simula um segundo turno, Lula não cresce quase nada. Ele está em péssima situação.

O candidato voltou a criticar o atual patamar do câmbio que, segundo ele, "prejudica os setores mais eficientes e que mais geram emprego", como a agricultura e as indústrias de brinquedos têxtil, calçadista e automobilística. "O câmbio inviabilizou a atividade. Não é possível continuarmos assistindo a isso. Isso vai ter conseqüências e não é no longo prazo, é no curto e no médio prazo", finalizou.

Alckmin disse que começa a divulgar seu programa de governo neste sábado, no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a cada dia será lançada uma cartilha abordando áreas como saúde, educação, agricultura e reforma agrária. "Estará na internet e vamos dar fascículos para quem quiser ter e distribuir.

Voltar ao topo