Lula evita comentar prisões feitas na Operação Navalha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em rápida entrevista em Araguaína, no Tocantins, onde inaugurou um trecho de 150 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, afirmou que não pode fazer comentários sobre a Operação Navalha, da Polícia Federal, porque está apenas no começo. "O presidente da República, de forma responsável, não pode prejulgar nada nem ninguém", declarou. A obra inaugurada por Lula em Araguaína, a 350 quilômetros da capital (Palmas), faz parte do PAC, contou com recursos de R$ 458 milhões e está sendo realizada pela Valec.

Segundo o presidente, as investigações, que já resultaram na prisão de dezenas de políticos, autoridades e empresários, não se restringem a fraudes em obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "São (fraudes) em nove Estados e em todas as obras. Agora, entra o processo. Com muita tranqüilidade, vamos deixar que a Polícia e a Justiça façam a sua parte, doa a quem doer", acrescentou Lula.

Ao chegar ao Estado de Tocantins, Lula desembarcou em Babaçolândia, de onde seguiu, de trem, por cerca de 60 quilômetros, até Araguaína. Estava acompanhado dos ministros dos Transportes, Alfredo Nascimento, e de Minas e Energia, Silas Rondeau, além do presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Rondeau, que demitiu seu assessor especial Ivo Almeida Costa, suspeito de envolvimento com a quadrilha presa na Operação Navalha, evitou falar com a imprensa durante a visita de Lula. A demissão de Almeida Costa foi publicada na edição de hoje do "Diário Oficial da União", assinada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

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