Lula encara com naturalidade greve dos servidores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não encarou como um grande problema a greve dos servidores contra a reforma da Previdência, iniciada hoje em alguns estados e no Distrito Federal. “A greve é um direito universal”, afirmou o presidente, ao comentar se a paralisação dos servidores públicos atrapalharia a aprovação das reformas no Congresso Nacional. De acordo com Lula, o que atrapalharia o andamento das reformas era uma greve dos deputados. Os servidores querem a retirada da proposta de reforma da Previdência do Congresso Nacional.

O presidente participou na manhã de hoje da abertura da 35ª Francal – Feira da Indústria de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes. Em seu discurso, Lula deu indicações de que o governo não vai intervir no câmbio, ao responder as reclamações dos empresários do setor calçadista de que a desvalorização da meda norte-americana frente ao real prejudicam as exportações brasileiras. “Nem eu ou qualquer membro do governo pode decretar que o dólar vai ser “tanto”, mas trabalharemos para que ele encontre estabilidade e coloque nossos produtos com preços mais competitivos no exterior?, afirmou.

O presidente disse que gostaria de ter uma conversa sincera com os empresários da indústria de calçados e lembrar que no final do ano passado havia uma perspectiva sombria de trabalhar com a inflação de 40% para os 12 meses seguintes. “Hoje qualquer membro do governo pode vir a eventos como esse e dizer que o bicho papão da inflação está controlado, que vamos trabalhar com uma taxa de 7% ou até menos, dependo da nossa capacidade de manter as contas do governo, mais ou menos controladas?, afirmou. O presidente salientou no entanto que apesar de a inflação estar controlada, o Brasil precisa crescer, gerar empregos e riquezas.

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