Lula diz a PMDB que partido vai manter ministério

Um dia depois de aceitar a demissão de Silas Rondeau, da cota do PMDB, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu aos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) que a vaga de ministro de Minas e Energia continuará a ser do partido. Os dois senadores não perderam tempo e já indicaram Márcio Zimmermann, secretário de Desenvolvimento e Planejamento Energético da pasta.

Zimmermann é técnico e fez carreira na Eletrosul e Eletrobrás. É ligado à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff: foi levado ao governo em 2004, quando a petista ainda era titular de Minas e Energia. A secretaria foi criada especialmente para ele. Segundo políticos ligados a Sarney e a Renan, a decisão de escolhê-lo ocorreu pois os senadores verificaram que não tinham nenhum técnico com a qualificação exigida por Lula.

Afilhado da dupla de peemedebistas, Rondeau pediu demissão na terça-feira, depois de ter o nome citado entre os suspeitos de ter recebido propina da empreiteira Gautama, principal alvo da Operação Navalha. Segundo a Polícia Federal, o ministro ganhou R$ 100 mil, dentro do ministério, o que ele nega.

A garantia de Lula deixou tranqüilos os líderes da sigla, que estavam preocupados com as investidas feitas pelo PT para conquistar a pasta, a mais desejada deste segundo governo Lula. O ministério é tido como o mais estratégico para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – só com o projeto, até 2010, Minas e Energia planeja tocar obras que totalizam R$ 274,8 bilhões.

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