Lula descarta privatização dos Correios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou qualquer possibilidade de privatização da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). Foi durante discurso na cerimônia de inauguração do Centro Operacional e Administrativo dos Correios e Telégrafos, na cidade catarinense de São José, depois de ouvir apelos de autoridades do Estado. Ele lembrou que acabou o tempo em que as empresas públicas eram deficitárias e que era preciso que o Estado brasileiro abrisse mão delas. "O Correio está sendo bem administrado e modernizado", disse o presidente, acrescentando que pode inaugurar ainda esta semana um outro centro de distribuição dos Correios, em São Paulo. Segundo ele, os funcionários dos Correios não podem se queixar dos salários, porque conseguiram vantagens nos últimos anos e se pedirem mais poderão quebrar a empresa.

PAC

Lula elogiou os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, no "trabalho extraordinário" que vêm desempenhando no acompanhamento do Programa de Aceleração do crescimento (PAC). "Duvido que, em algum momento, tenha havido tamanha seriedade no controle de gestão de políticas públicas. E se alguém disser que houve, estou disposto a sentar e discutir", disse o presidente, em discurso na inauguração do Centro Operacional e Administrativo dos Correios e Telégrafos, na cidade catarinense de São José.

O presidente destacou que, a partir de agora, a cada quatro meses a sociedade vai receber informes sobre o andamento do PAC. "Só não vou entregar para o Papa porque ele não tem obrigação de saber o que é o PAC", brincou. Lula reclamou da forma como a imprensa divulgou o balanço do PAC, ao afirmar, segundo o presidente, que metade do programa é preocupante. "A imprensa misturou cebola com alho".

Lula lembrou que, depois do PAC, já foi encaminhado ao Congresso Nacional o PDE, da Educação, e que depois virão o PAC das medidas sociais e da segurança pública. Em entrevista, logo em seguida, Lula negou que o governo estaria pautando o Congresso a partir dos programas de crescimento. "Não é o governo pautando o Congresso; é o governo pautando as necessidades do Brasil".

Lula garantiu que o PAC será cumprido integralmente. Disse que a cada 15 dias os ministros não escaparão dele para apresentar resultados do programa e que, a partir de agora, vai andar pelo Brasil inaugurando obras. "É o PAC que está na agenda do presidente e vou cumpri-la à risca", disse.

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