Lula cumprimenta Néstor Kirchner por acordo com FMI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou ontem o presidente argentino Néstor Kirchner pelo entendimento alcançado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). “O presidente Lula ligou para seu colega Néstor Kirchner para cumprimentá-lo pelo acordo com o FMI e para demonstrar alegria pela solução do impasse”, disse um porta-voz de Lula. Anteriormente, em São Paulo, o ministro das Relações Exteriores Celso Amorim afirmou que se sentia “muito contente” com o entendimento entre a Argentina e o FMI.

A Argentina pagou ontem ao FMI uma dívida de US$ 3,15 bilhões. O entendimento se conseguiu em uma ligação telefônica de meia hora entre o presidente Kirchner e a diretora-gerente interina FMI, Anne Krueger. Durante a conversa, ficou acertado também que Krueger recomendará ao diretório do organismo que aprove a segunda revisão do acordo de crédito que as partes assinaram em setembro último. 

Negociações tensas

As negociações entre Buenos Aires e Washington foram muito intensas nas últimas horas antes do acordo. Kirchner ficou recluso em seu escritório da Casa de Governo, junto ao ministro de Economia, Roberto Lavagna, e o chefe do Gabinete, Alberto Fernández. Assessores da Casa Rosada confirmaram oficialmente o fechamento do acordo com o FMI e disseram que o fundo acabou cedendo às reivindicações de Kichner e retirando as exigências de última hora que o Fundo tinha feito. 

Lavagna telefonou às 11h da manhã para Krueger. Ele teria dito que o presidente Néstor Kirchner estava disposto a pagar o dinheiro desde que fossem anuladas as exigências surgidas nas últimas horas em relação ao pagamento da dívida de US$ 88 bilhões para credores privados, cujo calote foi declarado em dezembro de 2001. Anne Krueger teria dito que a decisão final não dependia dela, mas dos países do G-7, o grupo dos sete mais poderosos do mundo. Às 13h, hora local e também de Brasília, a economista norte-americana telefonou para Kirchner e Lavagna, dizendo que o G-7 concordava com a suspensão dessas exigências e abrindo a possibilidade de a Argentina fazer o pagamento.

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