Lula critica noticias que estimularam crise em 2006

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje durante a cerimônia de posse dos Ministros do Turismo, Marta Suplicy; das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia; e da Agricultura, Reinhold Stephanes, que pessoas sem acesso ao noticiário político passaram, após a sua reeleição, mesmo com a crise política, a "agirem como sujeito e não como coadjuvante". Essa foi uma crítica indireta a uma série de notícias que fomentou a crise no ano passado.

Lula voltou a afirmar que no seu governo, a classe mais pobre da população passou a ter direito a almoçar, a jantar, ao curso profissionalizante e a cultura. Sem citar nomes, Lula afirmou que um senador da República foi candidato a um cargo majoritário disse que só foi conhecer a situação o Brasil em uma visita a periferia do Rio durante uma campanha. "O senador me disse, depois, que ali tão perto, na praia de Copacabana, um brasileiro só por pisar na areia era tratado como suspeito", disse o presidente. "O papel nosso, como governo, não é de privilegiar os privilegiados. Eles criaram uma escada com degraus, para os que não conseguem passam, chegarem perto dos degraus e subir um pouco mais.

O presidente contou também que, na época em que convidou Walfrido dos Mares Guia, para assumir o Ministério do Turismo, no início de seu primeiro mandato, Walfrido o procurou para dizer que tinha problemas. Segundo Lula, Walfrido afirmou na ocasião que não poderia pensar em assumir o cargo, pois estava sendo acusado de irregularidades.

"Perguntei: você cometeu o crime de que está sendo acusado? Ele (Walfrido) respondeu que não", comentou o presidente da República. "Então eu disse: prove sua inocência, assumindo o Ministério do Turismo", acrescentou. A platéia, presente à posse reagiu aplaudindo fervorosamente.

O presidente também contou que, quando escolheu Walfrido para o Ministério do Turismo, muitas pessoas criticaram a indicação. "É bom que você saiba disso", disse Lula ao ministro, que assumirá coordenação política do governo.

Afirmou ainda que as críticas eram de que Walfrido teria privatizado empresas estatais em Minas Gerais e de que havia sido secretário do ex-governador do Estado Eduardo Azeredo, do PSDB.

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