Lula condena ato terrorista e se reúne com o G-4

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, hoje, "mais essa deplorável ação terrorista" que ocorreu em Londres e manifestou suas "sinceras condolências" ao primeiro-ministro britânico, Tony Blair.

A mensagem de Lula, solidarizando-se também com o sofrimento das vítimas, foi divulgada durante a reunião de cúpula dos países mais desenvolvidos, o G-8. A exemplo dos demais líderes que participam do encontro, como membro ou convidado, o presidente ficou consternado com a situação.

"Tomei conhecimento, com profunda consternação, dos atentados ocorridos na manhã de hoje em Londres, que causaram a perda de vidas inocentes e feriram dezenas de pessoas", ressaltou.

Lula manifestou pessoalmente sua solidariedade a Tony Blair durante a reunião ampliada do G-8 com os presidentes dos cinco países convidados. Essa reunião foi totalmente atropelada pelo clima de nervosismo e de choque que tomou conta do G-8.

Mas, antes de deixar o encontro para retornar a Londres, Tony Blair apareceu em público e leu uma nota de apoio de todos os chefes de Estado e de governo, que condenaram o ato.

Os ataques reforçaram o discurso do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que afirmou que a guerra contra o terrorismo continua. Além disso, determinou mais rigor no esquema de segurança em seu país.

Depois que o primeiro-ministro viajou para a capital britânica, às 14 horas, a reunião ampliada do G-8 teve prosseguimento, com os líderes tentando, sem sucesso, dar um caráter de normalidade. Pelo menos a divulgação das declarações sobre mudança climática e comércio, tão esperadas antes do atentado, foram adiadas para amanhã.

No almoço de hoje, sem a presença de Tony Blair, o presidente Lula teve uma conversa informal com George W. Bush e com o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi. Mas o teor da conversa não foi divulgado pelo governo brasileiro.

O encontro entre o presidente Lula e Tony Blair, previsto para às 16h30, também foi cancelado. No seu lugar, Lula se reuniu por 40 minutos com o G-4, formado pelos presidentes da Alemanha, Índia, Japão e Brasil, para discutir as mudanças no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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