Lixo nuclear torna usinas inviáveis, aponta ambientalista

O resíduo nuclear ainda é uma questão não resolvida após décadas de pesquisa tecnológica, alerta Margarida Oliveira, diretora da Associação Ambiental Defensores da Terra. "O lixo tóxico tem um alto poder radioativo que se mantém altamente nocivo por milhões de anos", diz. Para Margarida, esse risco inviabiliza o desenvolvimento do Programa Nuclear do país. "Se o Brasil continuar investindo nesse programa, ele estará promovendo algo que põe em risco as futuras gerações".

A ambientalista acredita que a matriz energética brasileira poderia ser ampliada sem a utilização de usinas nucleares. Margarida defende fontes alternativas, como a solar, a eólica ? produzida pelo movimento de motores com o vento ? e a biomassa ? produzida a partir de organismos biológicos. Para a diretora da Associação Ambiental, a implantação do Programa Nuclear Brasileiro utiliza uma tecnologia obsoleta e custa muito caro ao país.

A revisão do Programa Nuclear prevê investimento de US$ 13 bilhões até 2022 para a conclusão da usina Angra 3, além de outras duas unidades nucleares de grande porte e quatro de pequeno porte. A revisão do programa já está pronta e na mesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi dada segunda-feira (5) à Agência Brasil, pelo presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, Oldair Gonçalves.

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