Líder petista defende união da base aliada para vencer eleição na Câmara

Brasília – O líder do PT na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (RS), defendeu nesta quinta-feira (7) a unidade da base aliada ao governo na eleição para a presidência da Casa, no início de fevereiro de 2007. Segundo ele, a escolha do deputado Aroldo Cedraz (PFL-BA) para a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), ontem (6), mostrou que a base governista precisa unir-se em torno de um único candidato para vencer a disputa na Câmara.

"A derrota de ontem serve de alerta para a gente refletir sobre o comportamento dos aliados", disse Fontana. A experiência de ontem, quando o candidato da oposição, Aroldo Cedraz, venceu o candidato da base, Paulo Delgado, serviu para fortalecer essa tese, disse ele.

De acordo com Fontana, deputados de partidos aliados ao governo descumpriram o acordo e votaram contra Delgado, dando a vitória a Cedraz. "Tínhamos um acordo, um diálogo respeitoso com toda a base, mas 100 ou 110 parlamentares aliados decidiram não seguir essa orientação e votaram no candidato do partido declaradamente da oposição".

Para Fontana, o PT e os outros partidos da base devem adotar uma nova postura em relação à presidência da Câmara. "Vamos buscar o consenso dentro da base, o mais rapidamente possível". Segundo o deputado, os aliados precisam trabalhar "fortemente" pela candidatura única da base governista. O candidato pode ser do PT, do PMDB, do PCdoB ou de outro partido aliado, mas tem de ser único, explicou. "Temos que estar unidos para vencer". Fontana ressaltou que o PT tem legitimidade, como os outros partidos, para pleitear o cargo. Não aceitamos ser vetados".

Fontana discorda dos argumentos de que seu partido teria se antecipado ao lançar o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), como candidato do partido à presidência da Câmara. "O PT apresentou candidato de altissima qualidade, desde o princípio, em um ambiente de diálogo com os partidos da base e com a visão de que o estratégico é vencer a eleição para a presidência da Casa". Para isso, acrescentou, o candidato da base aliada deve ser único.

Fontana não concorda com os que consideram a eleição de Cedraz um indicativo de como será a disputa pela presidência da Câmara. "Isso não se faz – a leitura de semelhança para a eleição da presidência da Cãmara, que só vai ocorrer dentro de 40 dias".

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