Lateral do São Paulo pode ser suspenso por até seis jogos

Rio (AE) – O lateral-direito do São Paulo e da seleção brasileira, Cicinho, poderá ser suspenso por até seis partidas por ter agredido verbalmente o árbitro Lourival Dias Lima Filho (BA), ao final da derrota para o Juventude, por 2 a 1, no domingo. O juiz não poupou o jogador e na súmula da partida, válida pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, em Caxias do Sul, relatou ter sido chamado de "filho da p…".

"Expulsei após o encerramento da partida o sr. Cicero João de Cezare, nº 2, São Paulo, que veio ao meu encontro e proferio (sic) a (sic) seguintes palavras: ‘você é um filho da puta’", escreveu no relatório o árbitro.

Assim que a súmula chegar ao Superior Tribunal de Justiça, a procuradoria do órgão fará a denúncia contra Cicinho. A tendência é a de que o atleta seja julgado no art. nº 252 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – ofender moralmente o árbitro ou seus auxiliares. Pena: suspensão de 2 a 6 partidas. A punição somente seria mais grave se o lateral tivesse agredido fisicamente o trio de arbitragem, nesse caso, ficaria entre quatro e 24 meses.

Além de Cicinho, o Juventude também será denunciado, já que o árbitro relatou na súmula dois episódios que resultarão em perda de mando de campo. No primeiro, um copo plástico "com líquido não identificado" foi arremessado no gramado do estádio Alfredo Jaconi. E, no segundo, o auxiliar Belmiro da Silva foi atingido por "uma cusparada" no olho direito. Nos dois casos, o juiz apontou por culpados os torcedores do time gaúcho.

O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, falou sobre a expulsão de Cicinho, que foi convocado hoje para o amistoso contra a Croácia, dia 17, em Split. O treinador se mostrou disposto a aceitar que os jogadores do Brasil recebam palestras para evitar episódios deste tipo.

"Todo atleta de seleção deve dar o exemplo. E precisa estar sabendo das regras, do que pode ou não fazer, para episódios deste tipo não se repetirem", disse Parreira.

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