Laís Souza se surpreendeu com a medalha na trave

Com Laís Souza, o Brasil conquistou a segunda medalha na prova de trave em etapas de Copa do Mundo – a primeira foi em 2002, com Daniele Hypólito. Na etapa de Cottbus, na Alemanha, a brasileira ganhou o bronze – o que foi considerado uma surpresa para a ginasta, mas não para o técnico, o exigente Oleg Ostapenko.

"Eu realmente não esperava ganhar nenhuma medalha na trave, é uma prova muito difícil. Acho que deu certo porque cravei bem os movimentos. Na nova pontuação, vale mais esses movimentos limpos do que um movimento muito complicado", disse Laís.

Oleg discordou: "Por que seria uma surpresa? Para mim não foi. A Laís vem trabalhando para isso mesmo. Para mim, ela competiu ?mais ou menos?. Poderia ter sido melhor, como sempre pode ser."

Apesar do bom resultado, Laís acha que todos os atletas ainda terão dificuldades com a nova pontuação. "No meu salto, dei dupla pirueta e os árbitros disseram que não valia. Se eu tivesse executado uma meia pirueta, teria ganho mais pontos. É uma questão de adaptação. Todos os árbitros estão muito mais rígidos. A postura está contando mais na avaliação deles", analisou a ginasta.

A decepção da competição foi a campeã olímpica Catalina Ponor. A romena ficou apenas na sexta posição na prova de solo, em que Laís conquistou o bronze. "Qualquer um poderia ter errado e aconteceu com ela. A Catalina foi bem, mas já deu para perceber que ela mudou um pouco – especialmente o corpo. Ela não está mais com o físico de antes, e isso interfere demais. Se eu engordo um pouco, não consigo executar os exercícios", admitiu Laís.

A ginasta de 17 anos, 1,52m e 40 quilos revelou: "Meu corpo está mudando, mas tenho lidado bem com isso. Já percebi que não posso engordar, não posso descuidar. Meus músculos e ossos já são pesados. O bom é que eu não tenho tendência a engordar."

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