Laboratório Central do Estado é homenageado pelos 111 anos

O secretário da Saúde, Cláudio Xavier, participou nesta quarta-feira (21) das comemorações do aniversário de 111 anos do Laboratório Central do Estado (Lacen), segundo laboratório mais antigo do país. A programação de aniversário teve início às 16h30 com uma cerimônia festiva, na qual o diretor do Lacen, Marcelo Pilonetto, apresentou o passado, o presente e o futuro da instituição. Em seguida, os convidados percorreram as novas instalações do Lacen e participaram de uma confraternização. Ainda foi distribuído aos convidados um CD interativo do Lacen com informações sobre a instituição, desde sua fundação até os dias de hoje.

Na ocasião, Xavier disse que ?mais do que comemorar os 111 anos do Laboratório estamos comemorando o corpo de funcionários que dá excelência para o Lacen?. O Paraná tem um dos melhores laboratórios centrais do país. ?Estamos abrindo um concurso público para a contratação de novos funcionários para o laboratório?, disse.

O laboratório tem recebido diariamente exames da maioria das Regionais de Saúde do Estado para serem analisados, chegando a aproximadamente 600 exames por dia, ou seja, alcançando cerca de 12 mil exames por mês. ?Isto só é possível devido à dedicação dos servidores que trabalham no Lacen. Temos servidores que trabalham há 33 anos em prol do laboratório. Além disso, 50% dos profissionais possuem nível superior. Destes, todos têm título de pós-graduação e ainda 27% dos profissionais são mestres e doutores?, destaca o diretor do Lacen, Marcelo Pilonetto.

O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Gilberto Cezar Pavanelli, também prestigiou as festividades do Lacen e destacou a forte parceria que a UEM possui com a Secretaria de Estado da Saúde. ?Nesta gestão passamos a agir de forma intensa, com a descentralização dos transplantes de medula óssea, que também serão feitos em Maringá e Londrina?, ressalta.

Investimento

O Lacen iniciou em novembro suas atividades na nova sede no Guatupê. No novo prédio, o Laboratório Central passou a descentralizar exames mais simples e centralizar exames mais complexos.

O investimento foi de aproximadamente R$ 12 milhões e, além disso, foram aplicados mais de R$ 1,3 milhão em equipamentos só no ano de 2005. Mais R$ 540 mil em equipamentos estão em licitação, que deve ser concluída ainda este ano. Na semana passada, o governador Roberto Requião autorizou a abertura da licitação para a contratação da empresa que irá construir o almoxarifado e pintar o piso do Lacen, no valor de quase R$ 700 mil. De acordo com Pilonetto, com essa melhoria o Lacen passará a contar com maior nível de biossegurança, pois o piso será impermeabilizado.

Cinco setores estão em funcionamento nas novas instalações: Bacteriologia, Virologia, Imunologia, Biologia Molecular e Administração. Todos os exames de Vigilância Epidemiológica estão sendo realizados na nova sede do laboratório, desde os mais simples, como bacterioscopia para pesquisa de doenças como tuberculose e hanseníase, até os exames mais sofisticados, como quantificação do vírus HIV e genotipagem do vírus HCV. Os setores técnicos que garantem o funcionamento desta divisão do laboratório e a execução dos exames estão concluídos, representando 4,5 mil metros quadarados. O setor de apoio, que apenas fornece insumos para execução das análises, está funcionando plenamente na sede do Lacen do Alto da XV, assim como a divisão de produtos que realiza exames de interesse em vigilância sanitária.

Com a nova estrutura, o Laboratório tornou-se um dos mais modernos da América Latina. É um dos únicos que possui área de biossegurança, com acesso restrito e controlado no manuseio de algumas substâncias.

Entre as principais funções do Lacen estão o diagnóstico e monitoramento de agravos de interesse em saúde pública, que geram dados epidemiológicos, bem como análises fiscais de produtos e análises ambientais. Pilonetto conta ainda que está negociando com o Ministério da Saúde para que possam ser feitos exames de cultura de vírus para o diagnóstico da meningite viral, além do seqüenciamento genético para o vírus do HIV e da hepatite. Foi adquirido um aparelho de leitura automatizada para antibiograma (teste de suscetibilidade a antibióticos), que permite maior exatidão e mais rapidez.

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