Know-how em biocombustíveis atrai o mundo

O mundo está cada vez mais interessado em conhecer o know-how do Brasil na área de biocombustíveis. Os convites de outros países ao governo brasileiro para participar de workshops sobre produção de álcool combustível confirmam isso. ?Somos convidados freqüentemente para fazer palestras nesses eventos, além de recebermos pedidos para dar assessoria às nações que pretendem instalar destilarias?, diz o diretor do Departamento de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ângelo Bressan.

Sobre a mesa do gabinete de Bressan repousam convites feitos ao governo brasileiro pela Alemanha, Índia, Jamaica e Senegal. O Reino Unido também quer conhecer a tecnologia nacional de produção de biocombustíveis. Esse crescente interesse deve-se ao fato de que o Brasil é o maior produtor e exportador mundial de álcool extraído de cana-de-açúcar. Outros dois fatores também contribuem para isso: os altos preços internacionais do petróleo e a previsão de que as reservas do produto em todo o planeta vão se esgotar em 50 anos.

O Brasil está preparado para atender à demanda mundial por tecnologia sucroalcooleira e álcool, garante Bressan. Os técnicos brasileiros têm kwow-how suficiente para orientar outros mercados a construir a infra-estrutura necessária para produzir álcool. O País também tem condições de aumentar significativamente a produção de cana-de-açúcar.

Na safra 2005/06, o Brasil deve produzir 390 milhões de toneladas de cana destinadas à fabricação de álcool combustível e açúcar. Esse volume permitirá destilar 16 bilhões de litros de etanol e 27,2 milhões de toneladas de açúcar. As exportações de álcool devem chegar a 2 bilhões de litros e as de açúcar, a 17 milhões de toneladas. De janeiro a agosto deste ano, o País exportou 1,6 bilhão de litros de álcool, com faturamento de US$ 450 milhões. No mesmo período, os embarques de açúcar totalizaram 12,3 milhões de toneladas, representando US$ 2,5 bilhões.

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