Kaká rechaça jornalista Juca Kfouri em entrevista coletiva

Fabrice Coffrini/AFP

Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, o meia Kaká rebateu a informação divulgada pelo jornalista Juca Kfouri no jornal Folha de S. Paulo de que ele pode estar colocando a carreira em risco por disputar a Copa do Mundo com dores e pediu que a imprensa respeite suas crenças religiosas.

Ao ser questionado sobre as dores que sente pelo jornalista André Kfouri, filho de Juca e que trabalha para o canal a cabo ESPN Brasil, Kaká aproveitou para tentar esclarecer a situação.

¨Sinto dores, mas não na região do púbis, sinto dores como todos os atletas sentem depois dos jogos, mas isso não é uma coisa que me atrapalha, não é uma coisa que interfere em nada¨, disse.

Em sua coluna de segunda-feira, o jornalista fez uma comparação entre as dores de Kaká no púbis e o problema que o tenista Gustavo Kuerten teve no quadril, com base em confidências de fontes médicas.

Mas Kaká, que também negou durante a coletiva que pense em se submeter a uma operação cirúrgica para o tratamento de pubalgia após a Copa, usou a entrevista para uma réplica.

¨Há algum tempo os canhões do teu pai têm me atingido de alguma forma. Ele tem virado a artilharia dele para mim. E o que eu gostaria de falar aqui é que, infelizmente, o motivo por que o teu pai, Juca Kfouri, me ataca não é um motivo profissional. É isso o que me deixa mais triste¨, disse.

¨Ele já escreveu isso algumas vezes, já deixou isso claro em algumas entrevistas que o problema dele em relação a mim é por eu falar da minha fé em Jesus Cristo. Então, da mesma forma que eu respeito o Juca Kfouri como um ateu, eu gostaria que ele me respeitasse como alguém que professa a fé através de Jesus Cristo¨, disse.

¨Então esse é o meu pedido para ele, que ele respeite não só a mim, mas a milhões de brasileiros que creem em Deus, que creem em Jesus Cristo¨, completou.

Kaká é membro da igreja Renascer em Cristo e sempre faz questão de anunciar em público sua fé e religião.

Em 2008, o craque entregou o prêmio de melhor jogador do mundo que recebeu da Fifa em 2007 a esta igreja. O jogador chegou a dizer que estudaria para ser pastor quando deixasse os gramados.