Kaká para Schumacher: ‘Milan é a Ferrari do futebol’

Já que Michael Schumacher só vai mesmo falar amanhã se encerra a carreira ou se continua na Fórmula 1, o GP da Itália, prova decisiva para as pretensões do piloto da Ferrari de ser campeão este ano, ganhou um pouco de atenção. E o próprio Schumacher, que registrou o segundo melhor tempo nos treinos livres de ontem com 1min23s138, fez questão de explicar à torcida que hoje, no treino que definirá o grid, e amanhã, nas 53 voltas da prova, a Ferrari não continuará a ser tão superior à Renault, de Fernando Alonso, líder do Mundial. Ontem, Alonso foi oitavo, com 1min24s577. O mais veloz foi, como na Turquia, o alemão Sebastian Vettel, de 19 anos, terceiro piloto da BMW: 1min22s631

Nos boxes da Ferrari, Schumacher e Felipe Massa receberam visitantes ilustres: o brasileiro Kaká e o holandês Seedorf, do Milan, que acompanharam a primeira sessão de treinos livres. "O Milan é a Ferrari do futebol", comparou Kaká, que não escapou de perguntas sobre a sensação de começar no banco um jogo da seleção brasileira, como ocorreu no amistoso com a Argentina, dia 3, em Londres. "Não senti nenhum problema em sentar no banco. Em todo time em que joguei, tive de conquistar espaço. Mas isso tem de valer para todos os jogadores da seleção.

O terceiro tempo nos treinos, 1min23s182, ontem, deixou Massa otimista. "Os testes da semana passada já haviam mostrado evolução técnica e o resultado de hoje (ontem) representa a continuação daqueles testes." Alonso concorda: "A Ferrari é de 3 a 4 décimos de segundo mais velozes do que nós por volta. É muita coisa." Assim, as chances de Schumacher reduzir a diferença de 12 pontos que o separa de Alonso (108 a 96) são reais

Já Rubens Barrichello não viveu um bom dia. A Honda decidiu antecipar a estréia da versão 2007 de seu motor, que deveria, em princípio, ser a mesma para os três campeonatos seguintes, mas se deu mal. Seu piloto de testes teve um sério problema ainda na primeira volta do treino da manhã e à tarde viu o motor explodir em chamas. Rubinho e Jenson Button não treinaram

Ainda que Schumacher não fale do futuro – um segredo guardado como nunca se viu na história da competição -, é impossível não encontrar grupos discutindo a questão na F-1. Tudo indica que a Ferrari vá mesmo anunciar Kimi Raikkonen e Felipe Massa como os titulares para 2007, mas na categoria há sempre espaço para surpresas

A imprensa alemã dá como certa a aposentadoria. Em Monza, nas arquibancadas, algumas faixas aludiam ao anúncio de amanhã: "Schumy + Ferrari = Amore eterno." Também havia as que lembravam que quem venceu foi a Ferrari: "Campione siamo noi, grazie Schumy (Os campeões somos nós, obrigado Schumy).

Flavio Briatore, diretor-geral da Renault, disse ontem que a Ferrari conversou primeiro com Raikkonen. "Não contava com a saída de Alonso. Quando procurei Raikkonen, ele já havia se comprometido com a Ferrari." Alonso confirmou que os contatos com Ron Dennis, diretor da McLaren, equipe que defenderá em 2007 começaram no pódio. "Em algumas vitórias do Kimi, em 2005, disse a Ron: ‘Carro veloz o seu.’ A partir daí, nossas conversas começaram.

Voltar ao topo