Justiça aceita denúncia de formação de quadrilha em Santo André

O juiz da 1ª Vara Criminal de Santo André, Iassim Issa Ahmed, aceitou hoje denúncia oferecida pelo Ministério Público contra empresários de ônibus e pessoas ligadas à Prefeitura de Santo André por corrupção e formação de quadrilha.

Os promotores que cuidam do caso sustentam que há provas que mostram que empresas de transporte público eram forçadas a pagar propinas mensais para funcionários da Prefeitura, sob pena de sofrerem retaliação.

São acusadas as seguintes pessoas: Klinger Luiz de Oliveira, ex-secretário de serviços municipais da Prefeitura, Ronan Maria Pinto e Humberto Tarcisio de Castro, sócios da viação Nova Santo André, Irineu Nicolino Martin Bianco, funcionário da empresa, Luiz Marcondes de Freitas Júnior, gerente da associação das empresas de ônibus da cidade, e Sérgio Gomes da Silva, ex-segurança do prefeito Celso Daniel, assassinado no início do ano.

Para o Ministério Público, eles eram os principais responsáveis pela manutenção do esquema de propina na cidade. Segundo denúncias de outros empresários ao MP, o valor cobrado era de R$ 500 mensais por ônibus.

Além de aceitar a denúncia, a Justiça determinou ainda quebra do sigilo bancário e fiscal de todos eles entre os anos de 1997 e 2001. O juiz Iassim Issa Ahmed também pediu um levantamento detalhado de imóveis existentes em nome dos seis acusados.

Dentro de 20 dias, depois que todos forem intimados por oficiais de Justiça, o juiz deverá marcar as datas para as fases dos interrogatórios. (Correio Web/FolhaNews)

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