Juros fecham em queda após dados de inflação do Brasil

O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008, tradicionalmente o mais negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), terminou o dia com taxa de 12,37% ao ano. Ontem, este mesmo contrato projetava taxa de 12,43% ao ano.

O mercado de juros operou neste último pregão do ano com disposição para derrubar as taxas.

Este foi o primeiro ano desde a criação do Comitê de Política Monetária (Copom), em 1999, em que a taxa básica de juros do País (Selic) sofreu cortes em todas as reuniões realizadas.

E, no encerramento de 2006, o otimismo em relação à continuidade desse movimento de queda é grande entre os investidores.

A redução contínua das taxas no mercado de juros significa que ganha espaço entre os analistas a avaliação de que o Copom deve manter o ritmo de corte da Selic no início de 2007 em 0,5 ponto porcentual.

Essa ainda não é uma aposta majoritária, mas, segundo operadores os recentes dados de inflação e de atividade do Brasil devem fortalecer essa idéia.

O Índice Geral de Preços (IGP-M) de dezembro divulgado hoje, que subiu 0,32%, conforme o piso das expectativas dos analistas, está entre os indicadores favoráveis à queda da Selic. Com o resultado deste mês, o IGP-M consolidou, em 2006, a terceira menor taxa anual da série histórica.

Dados externos, anunciados nesta quinta-feira, também contribuíram para a queda das taxas no mercado de juros brasileiro.

Nos Estados Unidos, as vendas de imóveis usados em novembro subiram 0,6%, contrariando a previsão de analistas de queda de 1% e reforçando a análise de que o pior momento no mercado imobiliário já passou.

O índice de atividade industrial dos gerentes de compras de Chicago subiu para 52,4 em dezembro, superando a expectativa de economistas de aumento para 50,2%. E o índice de confiança do consumidor subiu de 49,9 em novembro para 109 em dezembro – o melhor desempenho desde abril.

Os resultados afastaram, entre os investidores, o temor de redução acentuada do ritmo da economia norte-americana.

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