Juiz decreta prisão preventiva de mãe que jogou bebê em lagoa

Belo Horizonte – O juiz do 1º Tribunal do Júri de Minas Gerais, Nelson Missias de Morais, decretou hoje (10) a prisão preventiva de Simone Cassiano da Silva, de 29 anos, acusada de jogar a filha, de dois meses de idade, na Lagoa da Pampulha. Morais aceitou a denúncia contra Simone, entregue hoje pelo Ministério Público Estadual. O caso ocorreu em 28 de janeiro. Naquele dia, um casal que caminhava na região da Pampulha encontrou Letícia Maria Cassiano, de dois meses, boiando na Lagoa, dentro de um saco plástico amarrado a um toco de madeira, e socorreu a menina.

Em sua decisão, o juiz afirma que as investigações da Polícia Civil indicam que a própria mãe atirou a criança na Lagoa. Morais aponta, ainda, provas de que a acusada tentou "desaparecer com as evidências do crime". Simone, que está presa na penitenciária Estêvão Pinto, nega as acusações. Ela alega ter dado Letícia a moradores de rua, por não ter condições de criá-la.

Simone será ouvida pela Justiça na próxima quarta-feira. Se for condenada, pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. O juiz do 1º Tribunal do Júri diz, na decisão, que "os fatos narrados na denúncia, em tese, constituem crime hediondo". De acordo com a Polícia Civil, Simone tentava evitar que o namorado descobrisse que Letícia era filha de outro homem. Ela chegou a esconder a gravidez, dizendo que os médicos suspeitavam de um tumor no útero. Um exame de DNA comprovou que a menina não é filha do namorado de Simone.

Letícia nasceu prematura e ficou na maternidade até o dia em que foi jogada na Lagoa. Na terça-feira, a Justiça deferiu a guarda provisória da criança a um casal cadastrado no Juizado da Infância e da Juventude. O pai e a madrasta de Simone tentam, no entanto, obter a guarda da menina.

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