Jovens bailarinos dançam em Irati nesta sexta-feira

Quinze rapazes, com idades entre 14 e 22 anos, formam o corpo de
baile. Eles têm como perfil, uma origem comum a todos: vêm de famílias de baixa
renda. Na arte encontraram um novo caminho e estão experimentando o gosto do
sucesso. Há dois meses fizeram a abertura oficial do Festival Dança Ribeirão, em
Ribeirão Preto/SP, como convidados, e foram muito aplaudidos. Três dias depois o
público ovacionou a segunda apresentação do grupo, que dançou uma peça inacabada
de 21 minutos.

"Esses garotos passam uma coisa máscula, de muita
energia", diz Jair Moraes, tentando explicar o entusiasmo da platéia. "Ame!
Você Está Vivo", com música de Chopin, tem como centro o ser humano perante a
vida.

"Abra um guarda-chuva. Ampare, acolha", sugere o coreógrafo. "Não tenha medo de começar. Não tenha medo de se apaixonar pelo que faz, pelo
que está fazendo. Faça, mesmo que você erre. Recomece", instiga ele nessa
dança. Em "Andarilhos", peça construída sobre música de Bill Whelan, a
proposta também é de resistência, mostrando os lamentos e as alegrias de um
povo.

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