Jornalista não é indiciado pela Polícia Federal

Brasília – O jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de Imprensa do Ministério da Fazenda, que usou hoje, no depoimento à Polícia Federal (PF), o direito legal de permanecer calado, não foi indiciado. Segundo a PF, o delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que ouviu o testemunho de Marcelo Netto, não viu razões para incriminá-lo.

Isto porque, até o momento das investigações, não houve nenhum elemento, nenhuma prova material e nem mesmo uma acusação que o denunciasse pela quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o "Nildo".

Marcelo Netto esteve hoje na PF por mais de três horas. Ainda não há uma definição sobre se ele prestará um novo depoimento. Marcelo Netto deixou o prédio pela garagem privativa e não quis dar entrevista.

Na entrada, o advogado do jornalista, Eduardo Toledo, disse que o cliente era inocente das acusações de ter participado da quebra do sigilo bancário de "Nildo" e do vazamento dos extratos da conta de poupança dele na Caixa Econômica Federal (CEF).

Toledo confirmou, no entanto, que Marcelo Netto esteve na residência de Palocci no dia 16março, quando funcionários da CEF, a mando do então presidente do banco, Jorge Mattoso, violaram o sigilo do caseiro.

O jornalista foi interrogado hoje por causa da suspeita de que teria deixado vazar para a Revista "Época" as informações sobre a movimentação registrada na conta de "Nildo" na CEF.

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