Jogadores do São Paulo põem fim a boicote contra a imprensa

Um depois de se recusarem a conceceder entrevistas, os jogadores do São Paulo voltaram a conversar com os jornalistas nesta quinta-feira. E, ao que parece, mudaram de idéia para explicar a questão da premiação. O goleiro Rogério Ceni – um dos líderes do grupo – garantiu que não houve cobrança dos jogadores por um prêmio pelo título. "Só tivemos uma reunião em que eles (os dirigentes) nos comunicaram sobre o valor, que por sinal é muito bom. Em nenhum momento houve problemas ou discussão por causa disso", garantiu o jogador.

Autor de um dos gols do São paulo na vitória por 3 a 2 sobre o Al Ittihad, da Arábia Saudita, Rogério disse que jamais chegou a cobrar a diretoria. "Depois de anos de carreira, o que eu quero é ganhar o título mundial. Se não derem nada, para mim não vai fazer a menor diferença. Eu quero é ganhar", repetiuu.

O atacante Amoroso – que marcou os outros gols tricolores na quarta-feira – também desmentiu a tese de que haveria crise no relacionamento dos jogadores com a direção. "Nós estamos jogando para sermos campeões. Um dinheiro a mais ou um dinheiro a menos não vai fazer diferença para ninguém", afirmou.

Os jogadores do São Paulo recusaram-se a dar entrevistas após a partida de quarta-feira, e por meio da assessoria de imprensa do clube, mandaram dizer que estavam magoados com o tratamento dado pela imprensa brasileira em determinados assuntos do clube.

A decisão de não falar veio após alguns dias tumultuados. Os jogadores acham que o destaque dado a questão de premiação foi desproporcional. Assim como a questão de Amoroso, que irritou o presidente Marcelo Portugal Gouvea, ao anunciar que o pré-contrato que assinou com o FC Tóquio tem uma cláusula que permite multa de US$ 500 mil a quem rompê-lo.

Voltar ao topo