Jogador do Cruzeiro que sofreu enfarte pode deixar CTI amanhã

O volante Diogo, do Cruzeiro, poderá deixar amanhã o Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e ser transferido para um apartamento do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte. O jogador, de 20 anos, se recupera de um enfarte no miocárdio sofrido na manhã da última quarta-feira, quando treinava na Toca da Raposa II. De acordo com boletim médico divulgado hoje, o estado de saúde de Diogo evoluiu "de forma satisfatória" nas primeiras 48 horas de internação. O paciente permanecia consciente, com respiração espontânea e sem ajuda de aparelhos. As condições circulatórias eram "estáveis".

Segundo a assessoria do hospital, após o período mínimo de 72 horas de internação no CTI, a equipe médica que acompanha o jogador – comandada pelo chefe do serviço de cardiologia, Marcos Andrade – irá analisar o quadro clínico de Diogo e decidir sobre sua eventual transferência.

O jornal O Tempo, da capital mineira, publicou hoje uma entrevista com o pai do jogador, Edunoel Leal, 57 anos, que lembrou os momentos dramáticos que viveu no dia em que o filho escapou da morte. Morador de Mucuri, no sul da Bahia, ele havia chegado a Belo Horizonte no início da manhã de quarta-feira e acompanhava o treinamento no CT do Cruzeiro.

"Vi uma pessoa caída e pensei que podia ser meu filho que estava passando mal e resolvi me aproximar. Foi quando o Marcone (Barbosa, assessor de imprensa do clube mineiro) veio falar comigo. Saí correndo e não sei explicar o que eu estava sentindo. Foi quando o Jonílson e o e o Fábio Santos (meio-campistas do Cruzeiro) me abraçaram no banco de reservas enquanto meu filho era atendido", contou.

De acordo com Edunoel, já consciente, Diogo perguntou se voltará a jogar futebol. Ele agradeceu aos médicos, mas atribuiu o salvamento a "uma obra de Deus". A tragédia envolvendo o jogador Serginho, do São Caetano, que faleceu em campo após sofrer um ataque cardíaco, na sua opinião, contribuiu para que o filho fosse salvo. "Tendo em vista que havia o desfibrilador".

Edunoel contou que sofre de diabetes e que seu filho mais novo, Edu, já foi vítima de trombose em uma das pernas. A questão genética, que ocasionaria uma deficiência na coagulação sanguínea, está entre as hipóteses para a complicação coronariana de Diogo levantadas pelo médico Marcos Andrade.

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