Itamaraty evita comentar seqüestro de brasileiro

O Ministério das Relações Exteriores informou hoje que não se pronunciará sobre a prisão, na sexta-feira, no Iraque, de Muntasir Hamoud Ileiwi al-Jubouri, líder do grupo terrorista Ansar al-Sunnah, ligado ao Al-Qaeda. O grupo assumiu no ano passado a autoria do seqüestro do engenheiro brasileiro no Iraque João José Vasconcellos.

A assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou ser muito prematura qualquer declaração sobre o episódio. "A situação é delicada demais para uma posição imediata do Itamaraty. Não há nenhuma informação adicional sobre o caso do engenheiro", informou.

Para a diplomacia brasileira, é preciso ter a confirmação de que a organização foi realmente responsável pelo seqüestro do brasileiro antes de um posicionamento oficial. Segundo o Itamaraty, dificilmente haverá um pronunciamento do órgão nos próximos dias.

A assessoria informou que o governo continua em contato permanente com a família do engenheiro mas lembrou que todas as informações oficiais estão sendo divulgadas apenas por nota à imprensa. O núcleo do Iraque na embaixada brasileira em Aman, na Jordânia, e o embaixador extraordinário para o Oriente Médio do Itamaraty, Afonso Celso de Ouro Preto, estão acompanhando a evolução dos acontecimentos no Iraque.

O engenheiro, de 49 anos, foi seqüestrado a caminho do aeroporto de Bagdá no dia 19 de janeiro de 2005, na cidade iraquiana de Beiji, onde a empreiteira Odebrecht participava de uma obra. O Ansar al-Sunnah assumiu o seqüestro na época a autoria do ataque. O grupo já reivindicou a autoria de inúmeros atentados suicidas, o assassinato, em agosto de 2004, de 12 reféns nepaleses e um atentado contra uma base americana em Mossul, em dezembro de 2004, que matou 22 pessoas.

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