A Itália deverá conhecer hoje o destino de Juventus, Milan, Lazio e Fiorentina. Ontem, terminaram as audiências de defesa dos clubes, dirigentes e árbitros condenados no primeiro julgamento do escândalo que abalou o futebol italiano. Agora, a expectativa é pela divulgação da nova sentença, que será definitiva
O último clube a se defender foi o Milan. Seu advogado, Leandro Cantamessa, considerou "absurda" a punição aplicada no primeiro julgamento – perda da vaga na Liga dos Campeões da Europa e penalização de 15 pontos no próximo campeonato da Série A – e pediu a absolvição. Ele argumenta que o funcionário flagrado pelas escutas telefônicas tentando influir na escalação de árbitros tinha pouco poder no clube e foi imediatamente afastado quando seu comportamento se tornou público
"Leonardo Meani tinha um papel secundário no clube, não tinha poder de decisão. O Milan não tinha como vigiar o seu comportamento e deixou claro que não estava de acordo com sua atitude. É justo que o clube seja absolvido", afirmou o advogado
A briga do Milan é para não deixar de colocar a mão no dinheiro que entra nos cofres dos clubes que participam da Liga dos Campeões. Disputar a principal competição interclubes do mundo ajuda a manter um elenco cheio de estrelas e influi na política de contratações para a próxima temporada
Lazio e Fiorentina, que foram rebaixados para a Série B no primeiro julgamento e condenados a começar o campeonato com sete e 12 pontos negativos, respectivamente, querem ser mantidos na Série A. E Juventus quer reaver o título ganho em 2006 (cassado junto com o de 2005) e reduzir a penalização de 30 pontos que lhe foi imposta para jogar na Série B
Os cinco juízes que analisam o caso estão reunidos desde o final da tarde desta segunda-feira num hotel em Roma – a segunda instância começou no sábado. Assim, a decisão deve sair nesta terça, o último dia para a Itália comunicar à Uefa quais serão seus representantes nos torneios da entidade