Israel rejeita fim de bloqueio ao Líbano exigido pela ONU

Israel rejeitou nesta quarta-feira (30) a exigência feita pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, para que suspenda o bloqueio imposto ao território libanês e retire suas tropas do país vizinho, pois mais de 5.000 soldados de paz estrangeiros já foram posicionados no sul do Líbano.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, indicou que a suspensão do bloqueio e a retirada dos soldados ocorrerá somente depois da implementação integral da resolução do Conselho de Segurança (CS) da ONU que determina o cessar-fogo entre as forças israelenses e o grupo guerrilheiro pró-iraniano Hezbollah. Annan e autoridades israelenses manifestaram recentemente a esperança de que a trégua leve a um acordo de paz integral entre Israel e Líbano.

Entretanto, o primeiro-ministro do Líbano, Fuad Saniora, assegurou nesta quarta-feira em Beirute que seu governo será "o último país árabe a assinar um acordo de paz com Israel". Enquanto isso, um ministro do Hezbollah afirmou nesta quarta-feira (30) que o grupo guerrilheiro não libertará incondicionalmente os dois soldados israelenses e afirmou que eles só terão liberdade numa eventual troca de prisioneiros libaneses.

"Não haverá libertação incondicional. Isso não é possível", disse o ministro de Energia e Recursos Hidráulicos, Mohammed Fneish, a repórteres em Beirute. Ele é um dos dois membros do Hezbollah no gabinete libanês. "Deve haver uma troca por meio de negociações indiretas. Esse é o princípio ao qual o Hezbollah e a resistência estão aderindo", afirmou.

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