IPC-S de 0,61% mostra inflação estável, informa FGV

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), divulgado hoje (27) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou em 0,61%, estável com relação à semana anterior. A taxa ficou abaixo das projeções de mercado para o indicador, entre 0,62% e 0,70%.

De acordo com o economista da FGV André Braz, o cenário da inflação, com base no indicador de preços para a semana terminada no dia 17, não é preocupante. Como na semana anterior, as principais pressões de aumento na taxa vieram dos reajustes nos preços de combustíveis e de telefonia fixa efetuados em novembro, além do aumento nos preços dos alimentos de 0,17% para 0,27%.

"No caso desse último grupo, a alta de preços não é generalizada", afirmou o economista, explicando que a aceleração de preços no grupo de alimentação foi provocada por fatores sazonais, principalmente pela entressafra na pecuária. Porém, o economista não descartou que o setor de alimentos possa sofrer elevações de preço no primeiro trimestre de 2005, por causa da possibilidade de as chuvas de verão prejudicarem a safra de itens mais suscetíveis a problemas climáticos, como hortaliças e legumes.

No IPC-S, os aumentos de preços no grupo ficaram concentrados nas carnes, como frango inteiro (de 4,02% para 4 23%); carnes bovinas (de 3,26% para 3,58%) e carnes suínas (de 2 82% para 3,12%).

Além do grupo de alimentação, outros três grupos apresentaram elevação de preços, dos sete que formam o indicador. Foram os casos de saúde e cuidados pessoais (de 0,24% para 0,25%); educação, leitura e recreação (de 0,33% para 0 40%); e transportes (de 1,96% para 2,12%).

Braz explica que no grupo de transportes o aumento nos preços no segmento de combustíveis e lubrificantes (de 3,90% para 4,18%) foi decisivo para que o grupo respondesse por 40% da taxa do IPC-S.

Outros grupos apresentaram recuo de preços no mesmo período, como vestuário (de 1,52% para 1,47%); despesas diversas (de 1% para 0,82%) e habitação (de 0,47% para 0,36%) – este último ainda pressionado por telefonia fixa (1,41%). "Mesmo com o recuo, habitação tem o maior peso entre os grupos e teve considerável participação na formação do IPC-S", disse o economista.

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