Interrogatório de Marcola gera quebra-quebra em presídio

Apesar de ser chamado "Presídio de Segurança Máxima", o complexo prisional localizado em Presidente Bernardes, no extremo oeste do Estado de São Paulo, não vem demonstrando que merece levar esse título. Por volta das 20h de ontem, houve um protesto em forma de quebra-quebra por parte dos detentos

Os presos conseguiram arrancar as portinholas de ferro das celas quebraram vidros e atiraram detergente nos funcionários. No começo da madrugada, a situação se acalmou. Na tarde de ontem, já haviam ocorrido tumultos com as mesmas características. A ação rápida dos agentes penitenciários novamente controlou os presos, que voltaram a agir no período da noite

O quebra-quebra foi motivado pela notícia de que o líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, seria ouvido por dois promotores que investigam a morte do Bombeiro João Alberto da Costa, assassinado na capital durante a onda de ataques do crime organizado

Marcola, acusado de ser mandante do assassinato de João Alberto, chegou a ser retirado de sua cela, mas a audiência acabou não ocorrendo porque o advogado do criminoso não compareceu. O tumulto na noite desta quinta-feira em Presidente Bernardes foi controlado por 70 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar, que entraram na unidade prisional por volta das 23h

Durante a madrugada, os 135 presos ficaram no pátio do presídio. Todas as 160 celas foram vistoriadas. Os policiais militares e agentes penitenciários retiraram das celas objetos que pudessem ser usados pelos detentos para promover outra ação parecida com a ocorrida na noite de quinta-feira

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