Internos e funcionários do Educandário São Francisco participam do Dia do Desafio

?Além do significado de estar participando de uma programação mundial, essa atividade ajuda para passar o tempo. Quando a gente está se divertindo esquece um pouco que está preso aqui?. A frase é do adolescente M.C.S. de 17 anos, interno do Educandário São Francisco, em Piraquara, onde os jovens em conflito com a lei ficam em privação de liberdade. ?Já sabia dessa competição entre cidades?, orgulha-se o jovem, que participou com os demais colegas e funcionários da unidade do Dia do Desafio, nessa quarta-feira (25).

O Dia do Desafio é realizado anualmente, sempre na última quarta-feira do mês de maio, com objetivo de incentivar a prática de atividades físicas. Nesse dia, cidades dos cinco continentes, com número equivalente de habitantes, competem entre si para ver qual consegue maior mobilização da população na realização de exercícios físicos. Piraquara, por exemplo, disputou com a cidade mexicana de Huamantla. ?Já participamos no ano passado. No fim do dia, informamos ao órgão responsável pela coordenação sobre o número pessoas envolvidas e o tempo das atividades?, relata a diretora do Educandário, Solimar de Gouveia.

Participaram do Dia do Desafio no Educandário São Francisco os 123 internos, divididos em quatro grupos, nos dois períodos, e 40 funcionários que, durante meia hora, fizeram alongamento e exercícios aeróbios. Os adolescentes participaram de gincanas e rodas de capoeira. ?Diariamente, nos contraturnos, eles já fazem uma hora e meia de educação física?, informa Solimar, enumerando outras atividades desenvolvidas pelos internos, como nas oficinas culturais, em que aprendem cinema, capoeira, grafite e rap. ?Eles fizeram um rap, ?A Cidade pede Paz?, que será roteiro para um documentário sobre a vivência deles aqui?, conta a diretora.

O maior entusiasmo da diretora Solimar, entretanto, foi com o envolvimento dos funcionários, a ponto de já haver uma proposta para que atividades físicas façam parte da preparação dos servidores. Quem está cuidando disso é a assistente social Gilsônia Marchioro. ?O trabalho aqui é muito tenso, fazendo com que o índice de estresse seja alto Isso pode trazer problemas emocionais, depressão e até debilidade física, como revelam estudos. Alguns funcionários são hipertensos. Além do exercício para relaxamento, vamos trazer aqui pessoas para falar sobre saúde, nutrição e outros assuntos que ajudam a dar tranqüilidade e paz aos funcionários?, planeja Marchioro.

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