Integrantes do PCC planejavam assassinato de delegado

A polícia de Araçatuba (SP) descobriu que as 30 pessoas presas ontem numa blitz da PM, suspeitas de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), pretendiam planejar o assassinato de um delegado e de uma autoridade do sistema penitenciário paulista.

Os supostos militantes do PCC foram presos em Araçatuba quando organizavam um novo encontro, que reuniria militantes de diversas cidades para planejar ações criminosas. Entre as ações estava o assassinato do coordenador dos presídios do Oeste Paulista, José Reinaldo da Silva, responsável pela custódia da cúpula do PCC e idealizador do isolamento dos líderes da facção na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Além dele, o grupo pretendia assassinar o delegado responsável pelo Serviço de Inteligência da Polícia Civil em Araçatuba, Carlos Henrique Cotait.

As informações estão em ofício do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPMI) de Araçatuba, citado no boletim de ocorrência da prisão do grupo. Na blitz, foram apreendidos seis carros, quatro motos, 25 telefones celulares, um caderno com nomes de militantes e penitenciárias onde atuam e um ‘salve’ (comunicado interno dos presos), no qual o PCC diz estar se rearticulando.

A polícia apontou Manoel Júlio Neto, o Santista, como mandante dos assassinatos. Foragido da Penitenciária de São Vicente desde 2004, Neto seria o líder do PCC na região e teria organizado o encontro e planejado os assassinatos como forma de mostrar seu poder. Neto e mais dois homens, não identificados, conseguiram fugir da blitz da PM.

Voltar ao topo