Brasília – A luta contra os resquícios da escravidão foi recompensada nesta sexta-feira (18) em Brasília. O Prêmio Combate ao Trabalho Escravo 2006 entregou uma estatueta e um cheque de R$ 5 mil a três vencedores nas categorias instituição, personalidade e matéria jornalística.
Na primeira delas, a vencedora foi a Comissão Pastoral da Terra (CPT), citada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como uma das instituições em que os trabalhadores mais confiam e procuram para fazer denúncias.
Frei Xavier Plassat, representante da Pastoral, destaca que a premiação dá força aos militantes que se colocam em situação de risco para atuar na erradicação do trabalho escravo. ?Imagine que onde acontece o trabalho escravo, não é muito fácil ser o porta-voz de pessoas que fugiram de fazendas, de carvoarias e estão em situação de risco. Nos coloca também em situação de risco?.
A personalidade premiada foi Leonardo Sakamoto, da organização não-governamental Repórter Brasil. Desde 2001, a ONG realiza trabalhos de prevenção e combate a essa forma de exploração, além de integrar a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae). ?Tem muito poder econômico e muita violência em jogo, então um prêmio como esse dá uma ajuda de proteção para o nosso trabalho?, afirmou.
Os repórteres da revista Época Ana Aranha e Ricardo Mendonça foram considerados os autores da melhor matéria jornalística. Mendonça disse que a premiação para a imprensa pode estimular a cobertura jornalística sobre o tema, contribuindo para a prevenção e combate ao trabalho escravo. ?É importante nas redações que não estão habituadas com a temática, para fazer um trabalho de convencimento e se cobrir mais o assunto?.
A premiação é uma iniciativa da OIT, Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (AJUFE).
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