Infraero defende sigilo na investigação de choque entre aviões

O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse nesta sexta-feira (6) que as investigações sobre as causas do choque no ar entre o Boeing 737-800 da Gol e o jato Legacy precisam ser mantidas em sigilo. "É compreensível a ansiedade, mas essa investigação dever ser feita em sigilo", comentou o brigadeiro, após anunciar em entrevista coletiva o início das obras de recuperação da pista do Aeroporto de Congonhas, onde um avião da Gol deslizou hoje na hora do pouso.

Ele defendeu que qualquer conclusão sobre a queda do Boeing, que resultou na morte de 154 pessoas na sexta-feira passada, só pode ser tirada após a contextualização de todas as informações retiradas das "caixas-pretas" do Legacy e também do Boeing. O brigadeiro afirmou não ter dados sobre as apurações e nem se o piloto do Boeing foi avisado pelos controladores de vôo sobre o risco. Falando de forma teórica, no entanto, ele comentou que se um controlador verifica risco e tem que avisar um piloto no ar, ele também tem que sugerir uma alternativa. "Caso contrário, o controlador só cria pânico no piloto", comentou.

Pereira lembrou que durante anos os vôos sobre a Amazônia foram feitos sem radar, porque o Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi criado há pouco tempo, e não havia colisões entre aviões. "E como isso era garantido? Com os pilotos cumprindo rigorosamente o plano de vôo traçado e fazendo qualquer modificação na rota somente com autorização expressa das torres" comentou.

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