O Índice de Preços no Atacado (IPA) foi o principal responsável pela desaceleração do IGP-DI de dezembro. O IPA-DI caiu de 1%, registrado em novembro, para 0,48%, no último mês de 2004. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas a queda teria sido maior se os preços dos produtos in natura, que vinham apresentando um comportamento estável na variação dos preços, não tivessem ficado 2,68% mais caros em dezembro. O destaque dessa alta foram os ovos, que subiram de 2,50% para 6,93% . Em contrapartida, os preços dos combustíveis caíram de 7,53% para 2,05% em dezembro, em função da desaceleração do preço do álcool hidratado, que apresentou variação de 1,28% em dezembro contra 15,51% em novembro. O recuo no preço dos combustíveis provocou impacto de redução sobre o IPA quase duas vezes maior do que a aceleração registrada nos preços dos produtos in natura.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou uma variação de 0,26 ponto percentual, praticamente a mesma registrada no mês anterior, que foi de 0,27 ponto percentual. Em dezembro o IPC foi de 0,63%, contra 0,37%, em novembro, e 0,10% em outubro. O setor que mais contribuiu para a aceleração do IPC de dezembro foi o de alimentos, cuja taxa passou de uma deflação de -0,45% para 0,48%. Entre os itens que mais contribuíram para esta aceleração estão as hortaliças e legumes, com variação de 7,42 p.p., e carnes de aves, bovinas e suínas, que apresentaram um aumento de preços que variou de 0,63 p.p. e 1,43 p.p. em relação a novembro. Em seguida vem o grupo Transportes (1,57% para 2,13%), com destaque para a gasolina, que subiu 4,13%, em dezembro, contra um taxa de 2,89% e novembro, registrando um acumulado no ano de 14,10%.
Os produtos que compõem o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) ficaram 0,20 p.p. mais baratos que em novembro. O INCC caiu de 0,71% para 0,51% no mês passado.