Índice da construção foi responsável por recuo do IGP-10

A desaceleração na taxa do Índice Nacional de Custo da Construção – 10 (INCC-10), de 1,75% para 0,52%, levou à taxa menor do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de julho, que subiu 0,39%, ante aumento de 0,57% em junho. A informação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Segundo ele, embora os preços da construção civil tenham o menor peso na formação do indicador, em comparação com os do atacado e do varejo, a desaceleração de preços no setor foi tão forte que puxou para baixo a taxa do IGP-10 de julho. "O INCC-10 foi o responsável por essa taxa menor no IGP-10 mesmo", disse o economista.

O técnico lembrou que, em junho, foi o indicador da construção civil que puxou para cima a taxa do IGP-10 de junho – devido ao reajuste nos preços de mão-de-obra, historicamente realizados em junho. Foram seis capitais que tiveram reajuste no preço de mão-de-obra no mês passado, incluindo São Paulo – a de maior peso na formação do indicador. "Mas o auge desse impacto de reajustes nos preços de mão-de-obra já passou. No caso de São Paulo, 95% do impacto (do aumento de mão-de-obra na cidade) já foi captado pelo INCC-10", disse o economista.

Essa menor influência do aumento nos preços de mão-de-obra na inflação levou à desaceleração na taxa do indicador da construção civil – que levou à taxa menor do IGP-10 de julho. De junho para julho, os preços de mão-de-obra na construção civil passaram de uma alta de 3,17% para elevação de apenas 0,69%.

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