Imóveis perto de obra do Metrô no Centro têm rachaduras

O Edifício Consolata, um prédio de 120 apartamentos e 18 andares localizado na Rua da Consolação altura do número 1.131, terá a estrutura reforçada para evitar eventuais riscos que possam surgir com as obras da Estação Mackenzie/Higienópolis da Linha 4 Amarela do Metrô da capital paulista. No dia 1º de fevereiro, devem começar as obras para a instalação de 50 a 60 vigas de 40 metros na estrutura do prédio. As vigas originais têm 12 metros.

O custo das reformas será assumido pelo Consórcio Via Amarela. Desde que as obras da Estação Mackenzie/Higienópolis começaram, em 2004, este é o segundo problema enfrentado pelo consórcio com prédios da vizinhança. Em abril, um sobrado na esquina das Ruas da Consolação e Piauí sofreu rachaduras e teve de ser interditado. Os moradores deixaram o local no ano passado e o sobrado está condenado.

No caso do Edifício Consolata, que vai ficar ao lado de uma das saídas da futura estação, os problemas começaram no início de 2005. Houve uma pequena dilatação no piso do prédio, que causou rachaduras nas paredes das garagens. Os moradores relataram o problema aos representantes do Via Amarela. Os técnicos solicitaram as plantas do prédio para estudar o caso. Depois de três meses de análise, engenheiros da Via Amarela sugeriram o reforço nas fundações. ?Perguntamos a eles se corremos riscos e eles garantem que não. Achamos que o consórcio foi bastante precavido e aberto no caso?, afirma Cleide Novazzi, integrante da Comissão de Obras do prédio.

Os vizinhos das obras da estação da Rua Piauí, que ficam em frente à construção, contudo, não repetem os elogios aos representantes do Consórcio. Eles reclamam da maneira como foram tratados desde que começaram os trabalhos na estação. O barulho causado pela obra e a dificuldade em obter esclarecimentos sobre os riscos reais que estavam correndo são as críticas principais.

Síndico do prédio vizinho ao sobrado que rachou na Piauí, Franz Ambrósio viu, há três semanas, o piso do estacionamento que fica no fundo do prédio afundar mais de três metros. ?Sabemos que houve uma grande retirada de terra embaixo dessa região e sempre há o temor do que pode ocorrer por causa da acomodação do terreno?, diz.

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