IGP-M de 2006 é adequado ao Brasil, segundo FGV

A taxa de 3,83% acumulada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) em 2006 foi considerada adequada ao atual cenário econômico brasileiro pelo coordenador de análises da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. "Fico mais à vontade com uma taxa de 3,83% do que com uma de 1,21%", disse, comparando o resultado com o índice acumulado em 2005, o menor da série histórica iniciada em 1989.

O IGP-M deste ano foi o 3º menor índice observado pela FGV, perdendo também para o acumulado de 1998, quando subiu 1,78%. "Em 98, havia a âncora cambial, e com o fim do regime, houve aceleração da inflação", explicou. Em 1999, o IGP-M fechou com alta de 20,10%.

Quadros destacou que, ao longo de 2006, houve três momentos em que o IGP-M apresentou repiques, causados por choques externos. O primeiro foi em janeiro, quando subiu 0,92%, basicamente por causa da disparada do preço da soja no mercado internacional.

O segundo foi registrado em junho (0,75%), com a alta dos preços dos metais não-ferrosos, e o terceiro, em novembro (novamente 0 75%), com as commodities agrícolas. "Atualmente, o que faz os IGPs se descolarem de outros índices é o choque de commodities", afirmou.

Abrindo o IGP-M, a maior alta de preço acumulada neste ano foi a do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), de 5,04%, seguida pela do Índice de Preços por Atacado (IPA), de 4,40%, e pela do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 1,90%. Este primeiro subíndice é relacionado ao setor da construção civil e representa 10% do IGP-M.

O IPA mede o comportamento dos preços no atacado e tem representatividade de 60%. O IPC refere-se aos preços que chegam ao consumidor e tem contribuição de 30% no IGP-M.

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