IBGE: desemprego volta a subir depois de festas de fim de ano

Rio – A taxa de desemprego em janeiro subiu para 11,7%, depois de ter ficado em 10,9% em dezembro do ano passado. A alta, no entanto, é sazonal, já que em janeiro são dispensados muitos trabalhadores que foram contratados em dezembro para emprego temporário, principalmente no comércio. Em relação a janeiro de 2003, quando a taxa foi de 11,2%, o desemprego se manteve estável.

?A expansão do desemprego do último mês do ano para o primeiro do ano seguinte já é historicamente conhecida, por causa da dispensa dos trabalhadores contratados temporariamente nos meses de novembro e dezembro?, justificou Cimar Azeredo, coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje.

Segundo o técnico, a expectativa é de que as taxas apresentem redução nos meses seguintes, voltando a crescer novamente depois de abril e maio, quando muitos trabalhadores são contratados temporariamente para a Páscoa e para o Dia das Mães.

A pesquisa revelou que, em janeiro, 2,4 milhões de pessoas estavam procurando trabalho nas seis regiões metropolitanas investigadas, das quais 47,5% somente em São Paulo. Em relação a dezembro de 2003, o número de desocupados aumentou 6,1% e houve considerável aumento deles em quase todas as áreas: Recife (3,9%), Salvador (2,0%), Belo Horizonte (17,6%), Rio de Janeiro (2,0%) e São Paulo (8,1%). Porto Alegre foi a única região que apresentou queda (-5,2%).

Em quase todos os grupos de atividade houve queda da população ocupada em relação a dezembro de 2003. O destaque foi comércio, responsável por 20,1% da população ocupada, que vinha em trajetória ascendente desde novembro e caiu 4,9%.

Em relação a dezembro último caiu em 0,4% o emprego com carteira assinada no setor privado. Também caiu o número de trabalhadores por conta própria (-0,7%) e sem registro na carteira de trabalho no setor privado (-5,4%), que vinha crescendo nos últimos dois meses.

O rendimento médio real do trabalhador nas seis maiores regiões metropolitanas do país foi de R$ 850,80 (3,5 salários mínimos) crescendo em 1,9% em relação a dezembro de 2003, mas caindo 6,2% em relação a janeiro de 2003.

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