Iapar doa área para Jardim Botânico de Londrina

O Conselho de Administração do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) aprovou a doação de uma área de 83 hectares (34,58 alqueires) para compor o Jardim Botânico de Londrina. A decisão tomada por unanimidade pelo Conselho – do qual fazem parte diretoria do próprio Iapar, representantes dos funcionários, Embrapa, Seab, Emater-Pr, Faep e Sociedade Rural do Paraná – torna o Jardim Botânico de Londrina um dos maiores do país, com área total de 103 hectares ( ou 42,91 alqueires), dos quais 20 hectares doados esta semana pela Associação Brasileira de Educação e Cultura (Abec), mantenedora do Colégio Marista.

Ao ser comunicado da decisão o secretário do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, convidou Iapar e Abec a participarem do empreendimento na sua administração, o que já foi aceito por ambas instituições, uma vez que a obra será também voltada à pesquisa.

Medida Compensatória

A construção de um Jardim Botânico para Londrina foi anunciado por Cheida em 2003 quando da assinatura, no Fórum de Londrina, do Termo de Ajuste e Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público e representantes do Pool de Combustíveis – composto pelas empresas Ipiranga, Texaco e Esso.

O acordo, coordenado pelo promotor do Meio Ambiente de Londrina à época, Cláudio Esteves, previa a aplicação de multas e medidas compensatórias e mitigadoras em valores que somam aproximadamente R$ 10 milhões, dos quais R$ 1,5 milhão repassado para a Secretaria do Meio Ambiente do Paraná, em razão de um acidente ambiental no Córrego Lindóia ocorrido em 2001.

Segundo Cheida, ?o Jardim Botânico terá porte para ser o terceiro maior do país e será a maior obra realizada em Londrina nos últimos 15 anos, em valor estimado de R$ 5 milhões, dos quais 75% oriundos do Fundo Estadual do Meio Ambiente ? Fema. Será, ainda, uma obra voltada não apenas para visitação e lazer mas, sobretudo, para estudos e aplicações científicas?.

A idéia de construir um Jardim Botânico, explicou o secretário, além de ser um desejo do governador Roberto Requião, preocupado em qualificar Londrina como uma cidade ambiental e cientificamente avançada, contempla sugestões e pedidos da comunidade local e está sendo concebida para tornar-se centro de referência em educação ambiental, lazer e pesquisa. ?Servirá de exemplo para o Paraná e para o Brasil?, afirmou.

O local foi escolhido por ser de fácil acesso à população e pelas características da vegetação. De acordo com Cheida, a área está situada em uma das poucas regiões de Londrina que ainda possui essências nativas. ?Além disso, dois rios cortam o local, enriquecendo o passeio feito pelos visitantes em uma área superior a 1 milhão de metros quadrados?, afirmou.

Na primeira fase, considerada até março de 2006, serão construídos jardins temáticos, biblioteca, centro de educação ambiental e estrutura para receber os visitantes. O secretário Luiz Eduardo Cheida planeja lançar a pedra fundamental do Jardim Botânico de Londrina em junho próximo.

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