O Instituto Ambiental do Paraná (IAP), juntamente com a Defesa Civil e Sanepar, realizou, nesta quinta-feira, reunião com órgãos de fiscalização ambiental de Santa Catarina para avaliar os trabalhos de contenção e recuperação dos danos causados pelo acidente ocorrido na manhã de segunda-feira. No acidente, cinco, dos 70 vagões de um trem da América Latina Logística (ALL), que transportavam óleo vegetal e óleo combustível tombaram, derramando o produto no Rio Negro, principal formador do manancial de abastecimento da cidade de Rio Negro.
De acordo com o coordenador de acidentes ambientais do IAP, Cláudio de Oliveira, os órgãos presentes à reunião avaliaram como inadequados os trabalhos de recuperação que estão sendo executados pela ALL. “Eles estão concentrados na recuperação da ferrovia e deveriam estar priorizando o meio ambiente”, disse o coordenador.
O capitão Maurício Genero, chefe da Defesa Civil no Paraná, estima que cerca de 120 mil litros de óleo vegetal e 65 mil litros de óleo combustível vazaram no Rio Negro. Segundo ele, há barreiras de contenção próximas aos pontos de captação de água para evitar a contaminação da água destinada à população. O IAP realiza sobrevôos no local e vistorias em campo para mensurar e comprovar o volume real da contaminação.
Técnicos do instituto estão de plantão no local desde terça-feira, quando o IAP foi avisado sobre o acidente. Desde então, vêm acompanhando os trabalhos de remoção do óleo (que está sendo feito com máquinas sugadoras) e de instalação de barreiras para contenção do produto, evitando que a mancha de óleo se propague para o Paraná. De acordo com o presidente do IAP, Rasca Rodrigues, o volume de óleo no Paraná é pequeno se comparado à contaminação do rio no trecho catarinense.