Holanda libertará suspeitos de terrorismo em avião

Investigadores holandeses não encontraram evidências suficientes para indiciar 12 passageiros indianos retirados de um avião americano depois de agentes federais dos Estados Unidos terem desconfiado do comportamento deles, informaram autoridades locais. A libertação dos 12 indianos deverá ser consumada nas próximas horas.

Mais cedo, Judith Sluiter, porta-voz do ministro da Justiça da Holanda, Piet Hein Donner, já havia informado que os interrogatórios conduzidos pelas autoridades locais depois do episódio não haviam resultado em nenhuma evidência de "terrorismo".

Os homens provocaram suspeitas porque levavam consigo diversos telefones celulares, laptops e peças de computador e teriam se recusado a seguir as instruções da tripulação para que os aparelhos fossem desligados, disseram promotores.

Devido ao comportamento dos passageiros, o piloto da aeronave conversou com a torre de controle do aeroporto de Schiphol, nos arredores de Amsterdã, e pediu a escolta de caças da força aérea holandesa.

O grupo de 12 indianos foi detido depois do pouso. Agentes federais americanos a bordo da aeronave também consideraram "suspeito" o comportamento dos passageiros.

"As investigações feitas nos telefones celulares mostram que os aparelhos não foram manipulados. Também não foram encontrados explosivos a bordo do avião", dizia um comunicado da promotoria de Haarlem, que tem jurisdição sobre o aeroporto.

"De acordo com as declarações dos suspeitos e de testemunhas, também não foi possível obter evidências de que aqueles homens pretendiam cometer algum ato de violência", prosseguia o comunicado.

Ed Hartjes, porta-voz da promotoria, disse que os 12 suspeitos deverão ser libertados ainda hoje sem acusações pendentes e estarão livres para deixar a Holanda quando quiserem.

O incidente expõe a histeria vigente na aviação comercial ao longo das últimas duas semanas, principalmente depois de autoridades britânicas terem detido mais de 20 pessoas suspeitos de participação num complô para explodir pelo menos dez aviões durante o vôo entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos.

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