Hiroshima lembra o ataque nuclear sofrido há 61 anos

O prefeito de Hiroshima defendeu hoje a eliminação de todas as armas nucleares no 61º aniversário do primeiro ataque com bomba atômica do mundo, que matou mais de 140.000 pessoas na cidade japonesa.

Manifestando preocupação com a proliferação dos armamentos nucleares, o prefeito Tadatoshi Akiba exortou o governo japonês – a única nação do mundo a sofrer ataques com bombas atômicas – a assumir um papel de liderança nos esforços pela eliminação dos arsenais nucleares.

"Sessenta e um anos se passaram desde que a radiação, intensos raios de calor e uma explosão atômica criaram o inferno na terra", lembrou Akiba num discurso no Parque da Paz de Hiroshima nas proximidades do epicentro da bomba. "Mas o número de nações enamoradas do mal e escravizadas pelas armas nucleares aumentou. O único papel que cabe às armas nucleares é de serem eliminadas".

Um sino tocou às 8h15, marcando o momento em que um bombardeiro B-29 americano, o Enola Gay, lançou sua carga mortal sobre Hiroshima em 6 de agosto de 1945. Foi a primeira vez que uma bomba atômica foi usada numa guerra.

Cerca de 45.000 sobreviventes, moradores, visitantes e autoridades de todo o mundo rezaram pelas vítimas da bomba e observaram um minuto de silêncio em Hiroshima, 690 km a sudoeste de Tóquio. Depois, centenas de pombos foram libertados.

Estimadas 140.000 pessoas morreram instantaneamente ou em poucos meses depois da explosão da bomba atômica de urânio. Três dias depois, outro bombardeiro americano lançou uma bomba atômica de plutônio sobre Nagasaki, matando 80.000 pessoas. O Japão rendeu-se em 15 de agosto de 1945, marcando o fim da Segunda Guerra Mundial.

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