Hélio Costa estranha decisão da Anatel de fechar call center

Brasília (AE) – O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse hoje (29) que achou "um pouco estranha" a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de fechar seu call center na última quinta-feira, por falta de recursos. Costa lembrou que, na quinta-feira, o Ministério do Planejamento havia liberado R$ 40 milhões para o Ministério das Comunicações, dos quais metade seriam repassados à Anatel. Ele explicou que o dinheiro só não foi transferido imediatamente devido a procedimentos administrativos. Os R$ 20 milhões foram colocados hoje (29) à disposição da agência, informou o ministro.

O presidente da Anatel, Elifas Gurgel do Amaral, dissera sexta-feira, que estava aguardando a liberação desses recursos para reabrir o call center. O serviço recebe cerca de 270 mil ligações por mês de usuários para tirar dúvidas e reclamar dos serviços prestados, sobretudo pelas de telefonia celular e fixa. O orçamento da agência para este ano é de R$ 377 milhões, mas apenas R$ 130 milhões haviam sido liberados até a semana passada.

Amaral está em fim de mandato à frente da Anatel e Costa disse hoje (29) que enviará ao Congresso, provavelmente em setembro, a indicação de seu substituto. "Temos que fazer uma coisa mais rápida", disse o ministro.

O mandato de Amaral vence dia 4 de novembro mas, segundo o ministro, naquele mês os parlamentares estarão mais preocupados com a votação do projeto do Orçamento da União para o próximo ano, o que torna mais difícil a tramitação do processo de indicação no Senado.

Fontes do setor apontam como mais provável candidato à presidência da Anatel o atual procurador-geral da Agência, Antônio Bedran. "Não tenho nenhum nome melhor que Bedran", admitiu o próprio ministro, lembrando que o advogado está no setor há 30 anos e que participou de vários processos, como a criação da Anatel, integrando a equipe original da Agência desde 1997. Antes, porém, ele trabalhou no Ministério das Comunicações na gestão dos ex-ministros Djalma Moraes e Sérgio Motta.

"Bedran é qualificadíssimo, competentíssimo", disse o ministro.

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