Haddad defende mais participação do Estado na gestão do sistema educacional

 Foto: Elza Fiuza/ABr
Foto: Elza Fiuza/ABr
Fernando Haddad cita o Distrito Federal como exemplo.

Rio de Janeiro – O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (27) que o Estado precisa atuar mais na gestão do sistema educacional, como forma de melhorar a qualidade de ensino no país. Para ele, não basta aumentar os repasses financeiros, é preciso ter um acompanhamento de cada escola.

Haddad defendeu sistemas de avaliação do ensino como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2005 pelo Ministério da Educação, que cruza o desempenho dos alunos no exame escolar com a freqüência às aulas.

"Além de aumentar os financiamentos, temos que fazer avaliações por sistemas e escolas. Nós já recebemos muitas críticas dizendo que isso acabaria por formular rankings, prejudicando alunos e professores. Mas sistemas como esses possibilitam que seja detectado onde estão os problemas, levando a formas de enfrentá-los", justificou o ministro.

Fernando Haddad citou como exemplo o caso do Distrito Federal, que investe R$ 6 mil por ano com cada aluno para a educação básica, cerca de quatro vezes mais do que a média nacional, e que mesmo assim ficou em 13º lugar entre as 27 unidades da federação.

"Isso mostra também a necessidade de atuar na gestão do sistema. É preciso garantir o retorno desse financiamento com atividades de gestão. Há procedimentos que devem ser tomados, como organização e administração da sala de aula, a liderança dos diretores de escola e a participação da comunidade na vida escolar. Providências inclusive que o governo do Distrito Federal já está tomando", disse.

Fernando Haddad participou nesta quinta-feira do fórum A Grande Revolução: Integração de Desenvolvimento e Democracia, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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