Gushiken recusa-se a comentar declarações de Severino

O chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken, recusou-se hoje, em São Paulo, a comentar as declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), que o classificou como "o pior ministro do governo Lula".

Gushiken participou do 3.º Seminário Internacional Latino-Americano de Pesquisas da Comunicação, promovido pela Universidade de São Paulo (USP) e Associação Latino-Americana dos Investigadores de Comunicação (Alaic) e deixou o campus da instituição de ensino superior sem dar declarações.

Na palestra que fez, ele defendeu a realização de Parcerias Público-Privadas (PPPs) na área da comunicação e disse que um dos maiores desafios do governo é a inclusão digital num cenário de grandes carências no País.

Gushiken afirmou, contudo, que as PPPs não podem substituir as atribuições da administração federal, pois as rádios e TVs são concessões. Depois da conferência, o chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República respondeu a algumas questões e declarou que busca outras formas de financiamento para divulgar na mídia temas de interesse público.

"A Radiobrás e a TVE (órgãos do governo) já são utilizadas para isso, mas não têm a audiência dos veículos privados", destacou, reiterando que pretende encontrar maneiras mais efetivas de atuar nesta área particular.

Gushiken afirmou também que não se pode pensar hoje em comunicação sem o acesso às grandes redes do País, citando, especificamente, a Globo. Apesar disso, disse estar otimista com os processos do Poder Executivo "para resolver os dramas das rádios comunitárias".

O chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência disse acreditar também que "falar em mídia é falar de um mundo de incertezas", declarando que o avanço tecnológico hoje é tão avassalador que altera, rapidamente, as estruturas dos meios de comunicação. "A comunicação não é um produto qualquer, e a sociedade deve refletir sobre isso", recomendou.

Voltar ao topo