‘Gritei socorro e disse que não queria morrer’, diz Priscila

A estudante Priscila Aprígio, 13 anos, disse ter pedido ajuda quando foi baleada durante um tiroteio que deixou 6 pessoas feridas, em Moema, na zona sul de São Paulo, após um assalto a agência do banco Itaú, na Avenida Ibirapuera. ?Gritei socorro, ninguém veio me ajudar. Disse que era jovem e não queria morrer? relatou a garota, do Hospital Alvorada, também na zona sul, à reportagem do programa Fantástico, exibido ontem pela Rede Globo.

Na reportagem, Priscila foi descrita por amigos e parentes como uma menina alegre e vaidosa. Torcedora do São Paulo, ela lamentava estar em um hospital durante um dia calorento, quando poderia estar aproveitando a vida.

Os médicos que cuidam da garota, Guilherme Monteiro e Ricardo Tcholakian, disseram que é preciso esperar até dois anos por uma reversão do atual estado de Priscila, que está paraplégica. No entanto, Monteiro acredita que essa reversão dificilmente será total.

Mas Priscila pretende usar suas forças para uma boa fisioterapia. ?Quero recuperar as minhas pernas, estudar, ser médica?, disse a garota em entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record.

A família da estudante pretende pedir R$ 2,5 milhões de indenização ao banco onde ocorreu o tiroteio durante o qual Priscila foi baleada. O pai da menina, Isaías Aprígio, teve paralisia infantil e diz que já sabe como irá abordar o problema da filha, que sairá do hospital paraplégica. Priscila perdeu a sensibilidade da cintura para baixo.

Outra preocupação da família Aprígio diz respeito às limitações estruturais da residência. Além disso, eles terão novas despesas pesadas demais para o orçamento em um lar no qual nem Maria de Fátima, a mãe, ou Isaías, o pai, estão empregados.

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