Greve dos bancários já atinge 25 Estados e o Distrito Federal

São Paulo (AE) – A greve por tempo indeterminado, iniciada pelos bancários do País na quinta-feira, se espalhou hoje (10) por mais dois Estados, conforme levantamento das centrais sindicais da categoria, que tem data-base em 1.º de setembro. O balanço mais recente dos trabalhadores mostrou que a paralisação atingiu 25 Estados e o Distrito Federal, com a exceção apenas do Estado de Roraima.

Segundo a Confederação Nacional dos Bancários (CNB), hoje à noite haverá mais uma rodada de negociação entre o Comando Nacional dos trabalhadores e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que apresentou no dia 20 de setembro a proposta, de reajuste salarial de 4% e abono de R$ 1.000, rejeitada pelos trabalhadores.

A Confederação Nacional dos Bancários (CNB), que é ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e reivindica aumento de 11,77%, informou que empregados de Rondônia decidiram hoje pela adesão à greve e reforçaram o movimento.

Outra adesão à paralisação ficou por conta dos trabalhadores de Tocantins, que, em conjunto com os bancários de Goiás e do Amazonas, participam de outra entidade – a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec). Eles promoveram a suspensão parcial dos trabalhos, principalmente na Caixa Econômica Federal, com o objetivo de conquistar ajuste salarial de 15,38%.

Em São Paulo e Osasco, segundo balanço divulgado às 15h30 pelo sindicato local, que é filiado à CNB, 271 locais permaneceram fechados nesta segunda-feira, totalizando cerca de 30 mil trabalhadores em greve na região de sua abrangência, que conta com 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de três mil locais de trabalho. Na região central da cidade de São Paulo 57 locais ficaram parados. Na zona leste foram 64 locais; na norte, 40; na oeste, 18; na sul, 23; em Osasco, 43, e na região da Avenida Paulista, 26.

Na sexta-feira (7), o juiz Marcelo Freire Gonçalves, do Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região, concedeu liminar ao sindicato paulista para que os trabalhadores pudessem exercitar o direito de greve. Eles haviam solicitado a suspensão dos processos de interdito proibitório, instrumento jurídico utilizado pelos bancos para a abertura das agências e preservação de patrimônio. Conforme análise dos bancários, a liberação resultou na adesão de mais trabalhadores à greve.

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