Greenpeace e GeneWatch vão mostrar em Curitiba prejuízos dos transgênicos

As organizações não-governamentais Greenpeace e GeneWatch vão apresentar em Curitiba o primeiro relatório global sobre o registro de contaminação por organismos geneticamente modificados, durante a terceira Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, conhecida como MOP3.

Segundo a ativista do Greenpeace Gabriela Couto, a ONG pretende mostrar na MOP3 que os transgênicos são responsáveis pela contaminação genética, pela perda de biodiversidade e pela ameaça à soberania dos povos e à alimentação humana. ?Hoje a grande discussão que nós temos sobre transgênicos no país é a questão do Protocolo de Cartagena, da necessidade de implantação de um sistema de controle e monitoramento de transgênicos comercializados no mundo todo?, afirmou.

O Protocolo de Cartagena, sobre Biossegurança, do qual fazem parte mais de 130 países, entrou em vigor mundialmente em 11 de setembro de 2003 e é válido no Brasil desde 22 e fevereiro de 2004. Trata-se do primeiro acordo firmado no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica. O documento visa assegurar um nível adequado de proteção no campo da transferência, da manipulação e do uso seguros dos organismos vivos modificados. O acordo também impõe regras ao comércio mundial de produtos transgênicos, ou geneticamente modificados.

Os principais temas que deverão ser discutidos na MOP3 são: identificação, embalagem, manuseio e uso de organismos vivos modificados; responsabilidade e reparação/compensação decorrentes de danos resultantes do movimento transfronteiriço de organismos vivos modificados; avaliação, manejo e comunicação de risco; cooperação com outras organizações, convênios e programas, metodologias para identificação de organismos vivos modificados e percepção e participação pública na implementação do Protocolo.

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