Greenpeace ajudará Médicos sem Fronteiras a levar ajuda ao Libano

Brasília – O Greenpeace vai ajudar os Médicos sem Fronteiras (MSF) a levar ajuda humanitária ao Líbano. A organização ambiental ofereceu o navio Rainbow Warrior para transportar as 100 toneladas de suprimentos que estão na ilha de Chipre até Beirute, segundo informa o MSF em sua página eletrônica. A embarcação comporta 40 toneladas.

A parceria vai permitir contornar o problema de falta de transporte, já que até agora não se estabeleceu um corredor humanitário na região. Os proprietários de navios não estão querendo alugá-los por medo de danos aos equipamentos e aos funcionários, disse à Agência Brasil a diretora executiva do MSF no Brasil, Simone Rocha.

Ela explica que a organização tem um estoque de material na França e na Bélgica, que foi enviado de avião para Chipre. São medicamentos, equipamentos médicos em geral, equipamentos para cirurgia e material para cuidar de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.

?Não é como na África, em que geralmente há problemas como malária e doença do sono, por exemplo. No Líbano existe uma população a princípio saudável, que precisa de medicamentos para o dia-a-dia?, explica a diretora. Por causa dos bombardeios, o fornecimento de remédio está prejudicado em vária regiões.

Rocha conta que o MSF também está enviando leite em pó para crianças e kits de utensílios e barracas para as pessoas que fugiram de casa para regiões menos perigosas. Os kits contêm itens para cozinhar, tais como panelas e talheres. A organização atua em Beirute, onde há 70 mil deslocados, segundo ela, e em cidades do sul, região próxima à fronteira com Israel e alvo de intensos ataques.

Para tentar driblar o perigo, o Médicos sem Fronteiras está usando automóveis pequenos ao invés de caminhões. ?É um alvo menos visível e que se mistura ao resto, porque há um certo fluxo de carros de pessoas fugindo?, explica a diretora. Segundo ela, nenhum dos 40 integrantes da organização foi vítima da guerra.

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