Governo tem que preservar o combate à inflação, diz ministro

O novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que embora haja uma unanimidade no país de que os juros devem ser mais baixos, o governo não pode "afrouxar" no combate à inflação. "Isso é sagrado. Por que? Porque a inflação prejudica fundamentalmente o trabalhador que tem o seu poder de compra corroído. E uma das virtudes que nós temos na economia hoje, sem inflação, é que o salário real do trabalhador está subindo, o poder de compra está subindo. O indivíduo vai ao supermercado, vai adquirir uma mercadoria, uma carne, um arroz e um feijão e ele (trabalhador) compra por um preço menor do que comprava no passado. Isso é combate a inflação. Então, preservado o combate à inflação, que é fundamental, nós temos que praticar juros menores no Brasil. Diga-se de passagem o Banco Central já está fazendo isso. O Copom já está baixando os juros", disse o ministro, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo

Guido Mantega ressaltou que vai respeitar a autonomia do Banco Central, que lhe foi dada pelo presidente Lula, na definição das taxas de juros. "Evidentemente vamos dialogar, mas o Banco Central já está fazendo a lição de casa. Ele já está reduzindo os juros. São cinco ou seis reuniões do Copom, consecutivas, com redução das taxas de juros. Então, estamos caminhando, estamos chegando lá, estamos indo onde queremos. O Brasil tem que ter taxas de juros civilizadas, que permitam estimular a produção e o consumo, preservada a inflação. A inflação está sob controle, não há nada que impeça a queda da taxa de juros", afirmou Mantega.

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