Governo propõe ações para o desenvolvimento do centro do Paraná

A promoção de um novo ciclo de desenvolvimento nas áreas de baixo dinamismo do Centro Expandido do Paraná é um dos principais pontos dos Planos Regionais de Desenvolvimento Estratégico (PRDEs) que estão sendo elaborados pelo Governo do Estado em convênio com a Universidade Federal do Paraná. As linhas gerais dos planos foram apresentadas nesta terça-feira (27) na Escola de Governo pelo secretário do Desenvolvimento Urbano, Forte Netto.

Os Planos Regionais criam programas e subprogramas estaduais, estabelecem diretrizes para as macrorregiões Leste, Oeste-Sudoeste, Norte e Centro Expandido, e reúnem propostas e ações para o desenvolvimento das regiões Noroeste, Norte Central, Norte, Oeste, Centro Sul, Centro Oriental, Vale do Ribeira, Sudoeste-Sudeste (a calha ao longo do Rio Iguaçu), Região Metropolitana de Curitiba e Litoral. Depois da preparação dos estudos preliminares, técnicos da Sedu/Paranacidade e do Ipardes realizaram em fevereiro reuniões em diversas cidades, onde foram discutidas as propostas e colhidas idéias e sugestões para a elaboração definitiva dos planos.

Propostas

O Centro Expandido, para efeito de planejamento, é a macrorregião que se situa entre os três grandes pólos paranaenses: Ponta Grossa-Grande Curitiba-Litoral, com 32% da população do Estado; Londrina-Apucarana-Maringá, com 16% da população: e Toledo-Cascavel-Foz do Iguaçu, com 8% da população.

Os três pólos concentram atualmente 56% dos habitantes do Paraná e 79% de toda a produção estadual. ?Há no Centro Expandido um desequilíbrio significativo, representado por baixa produtividade, baixa acessibilidade e baixa renda ? ou seja, rarefação econômica e exclusão social?, disse Forte Netto. Para a macrorregião está prevista a promoção de um novo ciclo de desenvolvimento socioeconômico, por meio de intervenções planejadas, como a diversificação das atividades agropecuárias como alternativa aos riscos da monocultura, a formação de pólos de segurança alimentar com apoio tecnológico de ponta, e a implantação de uma rede regional de acessibilidades, compreendendo transportes, comunicações, conhecimento, saúde, educação e multiplicação das oportunidades econômicas.

Os PRDEs também estabelecem propostas para as outras três macrorregiões do Estado: incentivar a desconcentração da região Leste, consolidar a evolução do Norte e dinamizar a região Oeste-Sudoeste. Os planos tratam, ainda, da articulação internacional do Paraná com a Argentina e o Paraguai e com os mercados externos (EUA, Europa, Ásia e Mercosul). E destacam a inserção do Paraná no Polígono Nacional do Desenvolvimento, que vai de Vitória-Belo Horizonte-Urberlândia até Passo Fundo e Porto Alegre, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis. De acordo com os PRDEs, a articulação do Paraná deve se dar com o Centro-Oeste nacional, com o Centro e Leste de São Paulo, com Ribeira-Barra do Iguape e com o Leste e o Oeste de Santa Catarina.

Rotas de desenvolvimento

O secretário Forte Netto anunciou que os planos regionais avançam no sentido de estabelecer novas rotas de desenvolvimento, com uma rede primária (rotas de articulação estadual) e uma rede secundária (rotas de articulação regional). Está prevista, por exemplo, uma rota alternativa Leste-Oeste de rodovias não-pedagiadas, ligando Curitiba a Cascavel via União da Vitória e o Sudoeste, e outra no sentido Norte-Sul no meio do Estado, além de rotas complementares e uma turística ao longo do Rio Paraná.

Nas rotas rodoviárias de desenvolvimento estadual serão restaurados 556 quilômetros de estradas, nas de desenvolvimento regional, serão implantados 271 quilômetros e pavimentados outros 548 quilômetros.

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